Audiometria (Audiometria Tonal Limiar )
Este exame é utilizado para identificar o nível de audição, ou seja, a frequência e a intensidade com que os sons são percebidos pelo paciente.
Pode ser realizado em adultos e crianças maiores de 3 anos. Nestes, a audiometria é feita de forma lúdica, junto com os pais e sem nenhum risco para os pequenos.
Para indivíduos que não apresentam sintomas auditivos, é recomendado que se faça uma audiometria a partir dos 40 anos. Crianças em fase de pré – alfabetização também devem realizar o exame. Em geral, a própria escola sinaliza que é necessário fazer essa avaliação.
Por fim, qualquer indivíduo, independente da idade, que apresente sintomas auditivos (p. ex. dificuldade para ouvir ou entender o que as pessoas falam, pressão ou zumbido nos ouvidos) deve procurar um otorrinolaringologista para uma avaliação e realização do exame.
Avaliação Auditiva Comportamental
Consiste na observação do comportamento da criança frente a apresentação de uma série de estímulos sonoros calibrados e padronizados. Essas respostas comportamentais variam para cada faixa etária e devem ser analisadas por um profissional especializado e experiente.
Em geral, realiza-se essa avaliação em crianças menores de 3 anos.
Assim como a Audiometria Tonal, é um exame seguro e que fornece informações importantes sobre o desempenho auditivo da criança.
Audiometria de Altas Frequências (AAF)
O ouvido humano é capaz de ouvir sosns entre 20 a 20.000 Hz. Entretanto, quando realizamos a Audiometria Tonal convencional a faixa de frequência avaliada é apenas de 250 a 8.000 Hz.
Em algumas situações, é necessário investigar os níveis de audição acima de 8000 Hz. Nestes casos, para complementar a audiometria utilizamos a Audiometria de Altas Frequências.
Imitanciometria
Trata-se de um teste combinado composto pela Timpanometria e pela medida do Reflexo Acústico. Juntos, fornecem informações sobre a função do tímpano, da orelha média e dos ossículos do ouvido.
Timpanometria em 3D (Timpanometria de Banda Larga)
Com o contínuo desenvolvimento tecnológico, a Timpanometria de Banda Larga surgiu como uma ferramenta complementar no diagnóstico auditivo, capaz de avaliar diferentes condições da orelha média em uma ampla faixa de frequência.
Considerando que a Timpanometria tradicional utiliza o tom de teste de 226 Hz, na Timpanometria de Banda Larga podemos analisar o comportamento da orelha média após a apresentação de sons que variam de 200 a 6.000 Hz.
Consequentemente, temos um estudo mais detalhado do comportamento da orelha média e uma série de informações extras que são fundamentais no diagnóstico preciso e no acompanhamento do tratamento.
Acufenometria
É um exame objetivo que identifica a frequência e a intensidade do zumbido. Essas informações são importantes para a escolha e monitorização do tratamento.
Avaliação do Processamento Auditivo Central (PAC)
A avaliação do PAC busca identificar alterações nos mecanismos e processos envolvidos na detecção, na análise e na interpretação de eventos sonoros.
Nos casos de alterações do PAC, ocorrem dificuldades em lidar com as informações que chegam ao cérebro através da audição.
Trata-se de um transtorno funcional da audição, onde a criança detecta os sons normalmente mas tem dificuldade em interpretá-lo.
Crianças que apresentem dificuldade de aprendizagem, baixo desempenho escolar, atenção prejudicada, dificuldade de escutar em ambiente ruidoso, agitação, hiperatividade ou apatia, dificuldade de memória auditiva e localização sonora devem ser encaminhadas para avaliação.
Otorrinolaringologistas, fonoaudiólogos, neuropediatras, psicopedagogos, professores e outros profissionais ligados ao desenvolvimento infantil e à aprendizagem devem estar atentos a essas alterações.
Otoemissões Acústicas e Triagem Auditiva Neonatal
É um procedimento que testa a função das células ciliadas da orelha interna. Quando essas células estão funcionando bem significa que a cóclea (órgão periférico da audição) também está.
Por esse motivo, é um excelente método de triagem auditiva em recém – nascidos (o famoso “Teste da Orelhinha”) e em trabalhadores expostos a ruídos ou substâncias químicas, quimioterápicos etc.
É um teste rápido e seguro, que não causa nenhum desconforto para o bebê, mas de extrema importância pois pode detectar precocemente problemas de audição no recém – nascido.
Além de ser uma recomendação médica, é Lei Federal desde 2010 (Lei Federal no. 12.303) determinando que as maternidades e hospitais públicos realizarem a triagem auditiva em todas as crianças nascidas em suas dependências.
Potencial Evocado Auditivo de Tronco Encefálico (PEATE ou BERA)
Esse exame tem dois objetivos principais: avaliar a função da via auditiva e definir os níveis de audição de forma objetiva, podendo ser realizado no adulto e em crianças. É um exame rápido e indolor, sem nenhum risco para o paciente.
No adulto, o Bera, como é popularmente conhecido, é realizado na Clínica e dura aproximadamente meia hora.
Nos recém – nascidos o Bera pode ser feito durante o sono natural. Para conseguirmos que o bebê durma aqui na Clínica, são necessários alguns cuidados prévios.
Clique aqui para ter acesso às orientações do Bera com sono natural.
Em crianças maiores, os períodos de sono durante o dia são reduzidos. Porisso, eventualmente, recorre-se ao uso da sedação, sempre sob supervisão de um anestesista. Este é um procedimento que temos muita experiência e realizamos com total segurança, em ambiente hospitalar e com toda a infra-estrutura necessária para que tudo aconteça com total tranquilidade e conforto para o paciente e sua família.
Na verdade, quando nós realizamos um Bera, realizamos uma avaliação auditiva completa. Englobamos uma série de testes que tem o objetivo de determinar com especificidade e segurança o nível de audição da criança.
Entendemos que quando os familiares nos procuram, nossa missão é oferecer muito mais que um Bera. Nosso objetivo é fornecer um diagnóstico audiológico completo e preciso.
Potencial Evocado Auditivo de Estado Estável (PEAEE)
É um método que avalia, sem a necessidade da colaboração do paciente, os níveis de audição em cada frequência em ambas as orelha. Por isso, é bastante útil para complementar a avaliação auditiva da criança.
Eletrococleografia (ECoG)
O objetivo do exame é registrar os sinais elétricos que ocorrem no interior da cóclea (órgão periférico da audição) e na primeira parte do nervo auditivo. Esse exame é especialmente útil na complementação da avaliação do paciente com de Doença de Ménière.
Potencial Evocado Miogênico Vestibular (c-VEMP)
Apesar do nome “pomposo” trata-se do registro de um reflexo muscular de relaxamento que ocorre após um estímulo sonoro. Neste teste, avalia-se o nervo vestibular inferior e o sáculo (órgãos da via vestibular periférica).
Faz parte da rotida da avaliação otoneurológica e sua realização ajuda a identificar certas doenças do labirinto, acompanhar o tratamento e o prognóstico de alguma delas.
Videolaringoscopia
As regiões da hipofaringe e laringe, são normalmente difíceis de se observar durante o exame de rotina otorrinolaringológico, portanto, faz necessário a realização da videolaringoscopia indireta, principalmente quando há queixas específicas como rouquidão, pigarrear crônico, tosse seca/produtiva, sensação de corpo estranho, dor intensa ao deglutir entre outros.
O exame é realizado com o paciente sentado. A anestesia tópica prévia em pacientes com o reflexo nauseoso exacerbado é oferecida. Solicita-se então, que o paciente coloque a língua para fora da boca e a prenda com gaze dobrada. O laringoscópio, instrumento da videolaringoscopia, é aquecido e introduzido sobre a língua, ultrapassando a epiglote e expondo a laringe. O paciente emite vogais pre-determinadas, e toda a região é observada. Paralisias de pregas vocais, processo inflamatórios infecciosos como laringites e traqueobronquites são identificados e registrados em video apara comparação posterior. Pólipos e nódulos vocais, muito comuns em profissionais da voz, também são diagnosticados. Este exame costuma ser bem tolerado a partir dos 7 anos de idade.
Videoendoscopia nasal
Grande parte das queixas obstrutivas, inflamatório-infecciosas em vias aéreas superiores, localizam-se na área do nariz, cavidades paranasais e rinofaringe. Queixas como sangramento nasal, congestão, coriza, espirros, tosse, perda de olfato e paladar, dor de cabeça assim como nos dentes são muito frequentes nos pacientes acometidos por sinusites e rinites. Este exame possui uma qualidade superior de imagem, permitindo a observação de todas as estruturas da linha média e parede lateral, sua características anatômicas e patológicas, desde o vestíbulo até as coanas, incluíndo septo nasal e os óstios de drenagem das cavidades paranasais.
O exame também é realizado com o paciente sentado, e, após anestesia tópica prévia (lidocaína tópica a 10% – Xilocaina spray) e uso de vasoconstrictor, a ótica é gentilmente introduzida através de uma das narinas, evitando-se a progressão caso haja algo promovendo a obstrução (desvio septal, hipertrofia de conchas nasais, pólipos, massas tumorais, etc). O paciente pode ainda ser submetido a drenagem de secreções purulentas, se durante quadro de sinusite. Exame é fundamental no acompanhamento pós-operatório de cirurgias nasossinusais, pois permite a identificação de complicações precoces e tardias. É bem tolerado a partir dos 7 anos de idade.
Videonasofaringolaringoscopia flexível
Uma fibra flexível, de 2,7 a 4mm, permite identificar estruturas além daquelas que obstruem a passagem da ótica rígida, tornando o exame bem mais tolerável, e facilmente realizável em todas as idades.
A anestesia tópica é a mesma dos exames anteriores, porém o tempo de realização depende da idade e do grau de congestionamento e tolerância dos pacientes. Os volumes das adenóides, os desvios de septo nasal e hipertrofia de conchas médias, assim como as alterações das pregas vocais, distúrbios faríngeos relacionados ao ronco são avaliados e registrados em video.