Adenoamigdalectomia
A cirurgia das amígdalas e adenoides, mais conhecido como adenoamigdalectomia, é, até o presente momento, a operação mais realizada em crianças, e cujas abordagens terapêuticas envolvem profissionais como pediatras e otorrinolaringologistas. Após um período de indicações excessivas, seguida de uma fase de negação dos benefícios gerados pela remoção das mesmas, finalmente aborda-se a cirugia com mais critério e baseado em 2 indicações primordiais – obstrução nasal e infecções de garganta, ouvido e nariz recorrentes.
A obstrução nasal cronica acompanhada de diversos outros sinais e sintomas, como roncos, apnéia do sono, voz anasalada, dores de garganta frequentes, sonolência diurna excessiva, dificuldade de concentração e consequentemente baixo rendimento escolar, irritabilidade, alterações em arcada dentaria e deformações de caixa torácica conhecida como “pectis scavatum”, levam a estigmatizar a criança ou adolescente como “respirador bocal”.
As adenoidites e faringoamigdalites, tanto agudas quanto cronicas, se seguidas critérios rigorosos , podem ser resolvidas com este procedimento cirúrgico, contudo, as indicações devem ser flexíveis, observando-se as características individuais de cada caso.
A cirurgia aborda as estruturas conhecidas como amígdalas e adenoides, que sen encontram na parede lateral da faringe e podem ser alvo de infecção, principalmente em crianças. A hipertrofia (aumento de tamanho) das adenoides pode causar nas crianças problemas de audição e respiração bucal.
Procedimento: pode ser realizada em adultos e crianças maiores de dois anos, sempre com anestesia geral.
Existem diferentes técnicas de remoção. A dissecção a frio é feita com instrumentos cirúrgicos e a ligadura de vasos realizada com pontos. Na cauterização a amígdala é dissecada e os vasos cauterizados.
Orientações: fazer os exames pré-operatórios com hemograma completo e avaliação cardiológica. Após a cirurgia, dieta líquida- pastosa fria ou gelada nos três primeiros dias. No quarto dia adicionar alimentação pastosa morna. Do sétimo dia em diante, alimentação normal. Tomar pequenas quantidades de líquido a cada hora (200ml) e fazer repouso de uma a duas semanas.
Turbinoplastia / Turbinectomia
Entende-se por esse procedimento, a diminuição do volume, ou o remodelamento dos cornetos nasais. Diferente do septo nasal , que se encontra no “meio” do nariz, os cornetos encontram-se nas paredes laterais das cavidades nasais. Na maioria das vezes, realiza-se esse procedimento em complementação à cirurgia do desvio de septo, no tratamento dos casos de obstrução nasal.
O procedimento é realizado em centro cirúrgico, sob anestesia geral. Realizamos a turbinoplastia por eleição, sob visualização endoscópica. Através de uma pequena incisão (0,3-0,5 cm) realizamos a elevação (descolamento) da mucosa do osso do corneto. Logo em seguida, procede-se com a remoção do tecido em “excesso” do corneto, seja ele ósseo ou mucoso. Em casos selecionados , utilizamos a técnica da turbinoplastia com o uso do Shaver, Laser ou Microdebridador, afim de se conseguir a redução do volume do corneto com menos trauma à mucosa nasal , diminuindo o tempo de recuperação. Remodela-se o tamanho do corneto até que se torne compatível com a cavidade nasal do paciente em questão. Realiza-se a hemostasia (controle do sangramento) com uso de cautérios mono ou bi-polares, também por dentro do nariz.
NÃO utiliza-se tampões nasais. De maneira geral não ocorre edema facial ou hematomas (olhos roxos), e o paciente está apto a retornar as suas atividades em aproximadamente 10 dias.
Biopsias
Procedimento que ajuda a concluir a investigação e diagnóstico diferencial., podendo ser feito no momento do tratamento cirúrgico definitivo.
O procedimento realizado em centro cirúrgico, sob anestesia geral e com auxílio de de visualização endoscópica com óticas rígidas, pode eleger duas vias principais de acesso: intranasalmente ou via cavidade oral. Quando necessário, a exploração das cavidades paranasais e seus respectivos óstios de drenagem (p.ex. via Caldwell Luc, etmoidectomia externa ou esfenoidectomia) faz-se necessária. A maior quantidade de tecido tumoral assim como mais próximo ao seu cerne, deve ser obtida, controlando o sangramento advindo do procedimento com uso de eletrocautérios. A biópsia aspirativa com agulha fina (PAAF) é uma alternativa se nos exames de imagem, principalmente a tomografia computadorizada evidenciar tumores vasculares.
Septoplastia
O procedimento é realizado em centro cirúrgico, sob anestesia geral e sob visualização endoscópica.
Realiza-se uma pequena incisão (1 a 1,5 cm) na parte interna do nariz, sem deixar qualquer cicatriz visível, e por meio desta, separa-se a mucosa de revestimento das áreas ósseas ou cartilaginosas que encontram-se desviadas. Logo em seguida, remove-se o desvio. A mucosa é, então, reposicionada e fixada com pontos (sutura), de um fio reabsorvível.
NÃO utiliza-se tampões nasais.
De maneira geral não ocorre edema facial ou hematomas (olhos roxos), e o paciente está apto a retornar as suas atividades em aproximadamente 10 dias.
O termo “hipertrofia de conchas” foi primariamente usado para descrever o aumento das conchas nasais e permanece em uso até hoje. Ocorre, que em alguns pacientes, essas estruturas quando acentuadamente hipertrofiadas, adotam um tamanho, ou uma forma, incompatível/desproporcional ao espaço da cavidade nasal, e, assim como os desvios do septo nasal, tornam difícil a passagem do ar, gerando obstrução nasal (nariz entupido, nariz bloqueado) e, todas as outras colocações que expressam o impedimento da livre passagem do ar.
Muitas das vezes o aumento do volume dos cornetos está relacionado à quadros alérgicos (como a rinite Alérgica) e aos desvios do septo nasal, tendo com esse uma relação de causa e efeito ainda não completamente esclarecida.